sábado, 27 de novembro de 2010

TEXTOS SOBRE GOR




A DOMINAÇÃO PSICOLÓGICA EM GOR

By Arádia - FreeCompanion, Sr Vahmp of Kasra

A dominação psicológica em Gor é um tanto diferente da exercida no D/s do BDSM, que consiste basicamente de jogos de humilhação e subjugo, muitas vezes mediante imposição rígida de castigos de ordem física.

Em Gor a dominação psicológica se assemelha aos moldes orientais de países como o Japão, China, e mesmo aos das culturas do Oriente Médio, pois implica diretamente na condição de submissão feminina. Gor não é meramente uma questão de supremacia masculina. Gor é um modo de vida Patriarcal baseada em culturas antigas que apresentam esta mesma estrutura.

Sendo assim, a dominação psicológica em Gor não é em hipótese alguma, um jogo de forças, onde um precisa mostrar seu poder e o outro precisa ser vencido sob pena de "grandes castigos, mesmo físicos."


Ao contrário disto em Gor, o poder não precisa ser ostentado à todo momento, e a submissão conhece bem sua real importância, não se prestando à atitudes voluntárias que impliquem na quebra proposital de regras para obter atenção ou castigos. Não há um prazer no castigo físico, por nenhuma das partes, antes, o que existe, ou deverá existir, é um profundo sentimento de vergonha e tristeza, pois a quebra de alguma regra por parte da submissa, representa uma situação de desapontamento para O Goreano. Que é exatamente o contrário do que esta deseja ou deve desejar, já que a paixão que move esta relação é a de" obedecer, servir e tentar agradar sempre".


É muito interessante observar o papel do silêncio e sua importância na dominação psicológica existente em Gor, assim como na construção das relações D/s.


O poder e o domínio poderão se exercidos, sem que se precise utilizar de recursos verbais ou mesmo sem ter de realizar um único movimento. O controle é exercido pela própria consciência do papel de cada um. O objetivo desta relação não é a mera demonstração de poder, ou a diminuição do valor do indivíduo para tê-lo cativo. Mas a construção de um relacionamento onde impere a mais pura e simples obediência à serviço da mais pura e simples Dominação. Porém não se busca com isso a anulação, neste caso, da mulher, que é a parte submissa ou transforma-la em uma" vaquinha de presépio". Aliás em bicho nenhum. Ao contrário, o que se busca em Gor é um auto conhecimento mais profundo e um libertar do aspecto feminino mais íntimo de cada mulher.


Um Goreano pretende ser sempre "Uma mulher mais rico e quanto mais feminina ela for, mais "cara" será. Sob todos os aspectos.


Assim como uma Gueixa é valorizada por suas virtudes femininas e submissas da mesma forma que uma Mandarina chinesa e outras tantas mulheres de culturas semelhantes, em Gor O poder trata a submissão como se trata uma criança obediente, encorajando e elogiando-lhe a boa conduta, além de promover e incentivar um crescimento real, que abrange não somente os aspectos sexuais, ou eróticos, mas todas as facetas intelectuais, emocionais e físicas da mulher submissa.

Há dentro de Gor uma grande gama de comportamentos ritualisticos assim como rituais propriamente ditos que propiciam a manifestação prática destes valores e conceitos.


Porém, não existem somente mulheres escravas em Gor, assim como não existem somente gueixas no Japão e nem toda mulher árabe é uma odalisca, nem toda mulher Goreana é ou quer ser kajira (escrava), mas TODA mulher Goreana é e quer ser feminina e conhece seu espaço e reconhece as diferenças entre Homens e mulheres que norteiam o Patriarcado deste modo de viver.


Costumo dizer que ninguém "tem que ser Goreano, mas uma vez que escolheu ser, ai "tem que viver sob certos conceitos básicos de dominação e submissão!"


Um ponto importante é que Dominação e submissão não são apenas condições para a obediência, mas também para proteção e organização de uma "comunidade Goreana, seja de que tamanho for.


É absolutamente importante salientar ainda, que há Goreanos que "também são adeptos de BDSM e fetiches e realizam "práticas de Sado Masoquismo por prazer, mas este não é um preceito Goreano e sim um fetiche pessoal do praticante neste caso a questão de SSC sempre deverá ser respeitada. Quando o assunto é punição, se esta for física, caberá ao Goreano conhecer muito bem esta mulher, pois ela estará em suas mãos. O importante é saber que não importa se o castigo é uma simples bofetada ou uma sessão de acoite. Para uma verdadeira Goreana a dominação psicológica deverá Ter mostrado que esta é uma situação de constrangimento onde o peso e a dor da vergonha e do arrependimento será o mesmo. Isto claro, O Homem Goreano não deverá precisar de grandes esforços físicos para disciplinar e realinhar a conduta de obediência e submissão. Caso considere a necessidade de fazê-lo, terá sempre em mente a realidade de que estamos na Terra e que está castigando um ser humano, com limitações físicas comuns à um, e que este se entregou sem limites, cabendo à Ele determina-los com base em absoluto bom senso.


Por esta razão as relações de domínio em Gor, são estabelecidas sobre bases sólidas de confiança e profundo conhecimento do outro.


A literatura mostra circunstâncias bastante radicais, tanto de entrega, quanto do uso de torturas físicas e psicológicas, mas não se pode esquecer que há uma linha que separa a ficção da filosofia e que ela é meridiano de questões bastante delicadas, que alguém que decida tornar Gor em estilo de vida, jamais poderá ignorar. Seja homem ou mulher.


Um dos pontos é a questão da posse. Já que uma kajira não possui nada, senão aquilo que recebe das mão de Seu Mestre, e isto inclui até mesmo seu nome. É imprescindível para alguém que deseje ser um Mestre Goreano, ser capaz de criar o vínculo da propriedade e posse, sem torná-lo um pernicioso e perigoso laço de dependência emocional doentio, para que, se, e quando do fim desta relação, a submissa não tenha maiores problemas emocionais do que os previstos por uma ruptura.


Outro ponto que vale observar é que não é incomum, sobretudo no início das relações, perceber que uma kajira tenha alguma tendência ao masoquismo, cometendo por isso, algumas pequenas travessuras para ser punida. Tal comportamento, uma vez observado precisará ser corrigido. Quando regras já conhecidas são quebradas e a reincidência acontece, caberá ao Goreano, observar se este é um comportamento vicioso, medição de limites, ou se trata de simples provocação para atender à prazeres masoquistas pessoais. Se for o ultimo caso é comum uma punição baseada em privações de privilégios e regalias, que podem variar desde deixar de ir à algum lugar, dormir no chão liso por algumas noites, até perder o direito de usar o nome dado pelo Mestre. Estes castigos são bastante comuns entre Goreanos de todo o mundo.


É muito importante para o crescimento de uma kajira, assim como para uma fácil identificação dos desejos do Goreano, que se separe muito bem, prazer na dor de punição. Mesmo no D/s existente no BDSM, há uma diferença ente sessões de disciplina e sessões do mais puro prazer erótico. Em Gor isto é ainda mais forte, pois no caso da disciplina, O Goreano também não deverá estar sendo movido pelo prazer de impingir tortura, mas pela necessidade de corrigir um comportamento que considere inaceitável.


Resumindo, a Dominação psicológica em Gor é simples e objetiva e pretende o crescimento assim como a evolução consistente da relação entre poder e submissão, visando relacionamentos mais longos e duradouros, onde a parte submissa sinta-se segura e protegida o bastante para se libertar e se revelar totalmente. Despindo-se de todas as travas, sejam elas, físicas ou emocionais. Podendo desta forma ser guiada pelas veredas de sua própria essência.






“A kajira é assim porque nasceu com a marca. A cultura pode te-la levado a caminhos diversos, mas dentro dela alguma coisa gritava. Enquanto crescia em lar comum, criada por pais em nivel de igualdade, dentro dela alguma coisa gemia. Sem limites cresceu, sem castigos, restricoes...Dentro dela alguma coisa implorava.


A kajira adolesceu livre, e conheceu amores livres, e se perdeu livre. Dentro dela alguma coisa esperava. E entao, em algum ponto do caminho ela o encontrou. Dentro dela alguma coisa renascia. Ele a tocou suavemente, e alguma coisa suspirava. Ele a prendeu completamente, e alguma coisa sorria.

Restrita, entregue, subjulgada, consciente de sua dependencia. Ela sabia que nao mais seria dona de si. Ela sabia que nao mais assumiria o lugar que era dele. Nao seria mais modelo de força pras amigas. Nao seria mais a imagem da auto-suficiencia emocional. Seria vergonha para as feministas. Escarnio para os intelectuais. Alvo da pena dos solidários.


Também sabia que seria pela primeira vez ela mesma. E isso era o suficiente. Afinal, quando ele a entregou sua coleira e a chamou de sua, dentro dela alguma coisa simplesmente calou-se, e ela pode entao dormir tranquila.”

By tavi

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