domingo, 19 de agosto de 2012

Descubra-se

Como está a sua submissão? Sempre que nós, submissas, nos entregamos a um Dominador, é com o coração em festa e com muita alegria. Nossos dias ficam mais intensos...nossos sentimentos também. Nos despojamos de nossas vontades para realizar as vontades de nosso Dono e assim seguimos felizes e motivadas. Através das tarefas, das ordens recebidas e dos contatos com o Dono, vamos mantendo sempre acesa a chama da felicidade. Nada nos deixa mais tranquilas do que se entregar aos pés daquele a quem amamos com o corpo e a alma. Cumprimos qualquer ordem para ter um pouquinho da atenção e do carinho do Dono. Se nos reportarmos ao Brasil-colônia, no período da escravidão, vemos que os escravos viviam numa sensala, trabalhando exaustivamente, sem direito a concessões ou prêmios. A alimentação era escassa - mais como punição ou tortura do que propriamente por escassez de alimento. Estupros, maus tratos, espancamentos e castigos humilhantes e fisicos eram impostos sem regras ou leis que os impedissem de agir. Não eram considerados cidadãos e por isso não tinham direito legal algum. Eram usados das formas mais cruéis sem que pudessem reclamar a alguém. Portanto, não tinham prazer em servir...serviam por que eram subjugados e forçados. Ao contrário, num harém, as odaliscas - que eram as escravas dos sultões e faraós, apesar de serem jovens mulheres sequestradas dos povos mais pobres para viverem a serviço deles, recebiam um tratamento mais cuidadoso. Eram tratadas com esmero e estavam sempre bonitas para seu Senhor. O tratamento que recebiam era voltado ao bem estar fisico da odalisca para que esta estivesse sempre bem disposta a servir seu Faraó. Tinham alimentação saudável, vestimentas encantadoras e a atenção das Senhoras incumbidas de cuidar delas. Além disso a cada noite era escolhida uma das odaliscas para estar a serviço do Faraó. Não tinham direito a sair do palácio ou receber visitas, mas o harém era alegre e festivo. Mesmo com todas essas regalias, eram consideradas escravas porque muitas eram tiradas contra a vontade do convivio de suas familias e companheiros. Duas visões diferentes de escravidão, onde em ambos os casos, o comando pertencia a alguém que detinha o poder na época. Esse poder era exercicido através de regras e leis próprias. No SM, a "escravidão" acontece diferente porque a relação existe dentro da consensualidade. Tudo é pre estabelecido e se algum dos envolvidos quebra essas regras, a relação pode ser desfeita. Nesse ponto é inaceitável que aquela que se predispôs a ser comandada por alguém e aceitou as regras combinadas. se comporte de maneira nada submissa, cobrando, exigindo ou se lamentando o tempo todo. Por não vivermos essa relação integralmente como era antigamente - não vivermos juntos com o Dono, termos que separar nossa vida pessoal da vida do SM - nos limita em muito essa vivência. A entrega pode não ser total...podemos nos perder diante de alguns obstáculos e imposições da vida baunilha; e isso pode levar à quebra de ilusões e interesse. Não é raro a escrava sentir ciume, se queixar, se sentir preterida quando pertence a um harém. Os sentimentos que trazemos da vida baunilha nos acompanham e muitas vezes causam a ruptura de uma relação que a princípio parecia duradoura e sólida. Dividir é difícil...aceitar que o Dono não nos pertence e sim nós a Ele, é tão complicado como dividir por exemplo o marido com outra. Os sentimentos não mudam no SM...se você é ciumenta e possessiva será assim tanto na vida baunilha quanto no SM. Então, aquela relação que começou cheia de entusiasmo e de certezas, começa a perder força e intensidade. Começa a fase em que a escrava se questiona, se revolta - mesmo que intimamente - , se desmotiva e por aí vai. É chegada a hora de dar uma parada e analisar o que está acontecendo. Se é uma fase em que fazendo um exame de consciência se percebe que todas as apreensões e inseguranças são "invenções" desnecessárias ou se avaliando toda a história da relação, se descobre que de fato não é isso que quer viver. Se decidir que não está bom, avalie melhor suas necessidades e suas fantasias e procure outra forma de relação que te faça mais feliz. Porém, se descobrir, que mesmo com seus temores (infundados), você se sente feliz e percebe que está vivendo o que sempre desejou, é hora de repensar, se autoanalisar, respirar fundo e investir..investir nas sua fantasia...nos seus desejos e na sua felicidade. E nesse ponto, você terá amadurecido mais um pouco e poderá dar a Seu Dono o que Ele merece...sem choro, lágrimas e nem lamentações.. Eu decidi que por mais crises que eu tenha quero ser feliz, fazendo meu DONO feliz. Sei que passarei por essas fases outras vezes porque além de escrava, sou mulher e por isso mais emotiva. E você? Já sabe em que lado se encontra? por: karla { K@ }

Dominação não é falta de educação

A primeira coisa que uma pessoa precisa quando se propõe viver o BDSM é saber negociar. Segundo o dicionário Aurélio negociar é: firmar, acordar. Especialmente os TOPs – palavra que identifica os Dominadores e Dominadoras - deveriam gastar mais tempo nesse importante momento do primeiro passo, uma vez que ele é o alicerce do relacionamento que há de se firmar. Caso não dê certo, boa parte da responsabilidade é de quem domina. Quantas vezes um contato é iniciado, por email, chat, MSN, Orkut, etc., ou até mesmo pessoalmente, e a empolgação da primeira conversa não é suficiente para garantir mais dois ou três novos contatos. Nesta fase, que para uns pode ser curta e para outros bem longa, é que as pessoas devem entender as suas motivações e avaliar se têm condições ou não de vivenciar o que está sendo proposto. Existem situações ou vivências que por mais desafiadoras e desejáveis que sejam, não servem para todos. Hoje, a nossa sociedade ocidental, levanta cada vez mais a bandeira de direitos iguais entre os gêneros e, sobretudo, da emancipação feminina, por esta razão, os relacionamentos têm se tornado cada vez mais complexos. É utopia pensar que num primeiro contato o Dominador pode chegar diante da possível escrava e chamá-la de cadela, vadia, ou putinha e que as coisas vão funcionar às mil maravilhas, ou acreditar que ela vai cair de joelhos aos seus pés, ainda que esta seja a fantasia dos envolvidos. Uma relação precisa ser construída, ter bases sólidas, objetivos claros, pois só assim pode se tornar duradoura e prazerosa. A escrava precisa ser respeitada e a partir daí estabelece-se um jogo de sedução mútuo, onde quem domina precisa ter claro que quem se entrega não é um objeto, mas sim o complemento para a realização dos prazeres de ambos. Há de se entender que as primeiras conversas são para trocarem experiências, se conhecerem , falar sobre suas fantasias e seus limites, até mesmo de suas personalidades. E nesta hora, uma boa educação é fundamental, afinal, o Dominador não terá outra oportunidade para causar a primeira boa impressão. http://mestreka.com/bdsm/artigos/dominacao/104-dominacao-nao-e-falta-de-educacao

Não está aguentando? Pede para sair!

Esta frase já conhecida tomou mais evidência ainda em todo o Brasil com o Filme Tropa de Elite, na cena em que o protagonista Capitão Nascimento impunha um pesado treinamento aos seus soldados. Aproveitando o lançamento do Filme Tropa de Elite 2 e em conversas que tenho tido recentemente com escravas que me procuram em busca de viver suas fantasias de submissão, resolvi falar um pouco sobre a minha forma de conduzir uma relação D/s. Digo que antemão os questionários de pré-seleção que recebo pelo site, com raríssimas exceções são de pessoas que não conheço no virtual, nem tão pouco no mundo real. Logo, não posso ter nada contra ninguém, que ante a vontade de viver suas fantasias opta por escrever de uma forma educada e transparente sobre seus desejos. Normalmente deste primeiro contato por email, seguem outros, com algumas converso no MSN e com menor número por telefone. Ultimamente tenho até aproveitado algumas oportunidades para conhecer escravas antes de concluirmos as negociações e elas se decidirem por me pertencer. Em todas as conversas eu procuro ouvi-las em seus desejos, mas também falar as principais nuances de minha fantasia. E procuro deixar bem claro o que quero por dois motivos: primeiro porque não tenho mais a ilusão de que depois de uma conversa de uma hora dá para ir para uma sessão e acreditar que tudo vai dar certo, pois corro um grande risco de por tudo a perder, e segundo, por não conhecer quase nada da submissa, posso fazer algo que ela não esteja preparada e quebrar o encantamento de uma fantasia. O conhecimento das partes favorece os dois lados e estimula o desejo de viver uma relação. No entanto, isso não basta para garantir o seu sucesso, mas é o começo de uma vivência, que no caso da minha, tem princípios consolidados, e não dá para mudar as regras e a fantasia em todo momento. Não estou afirmando que as fantasias não são imutáveis, elas mudam sim, principalmente quando vão tomando forma e se tornando realidade. Porém, essas mudanças são graduais, devem acontecer com maturidade e acompanhadas de muita conversa, para evitar que haja quebra de expectativas e se chegue a um fim inesperado da relação. Iniciada a vivência, no meu caso uma relação D/s, a submissa não pode perder de vista que me transferiu o controle de sua vida, delegou-me o poder para guiar os seus passos. O que antes era simples como aceitar o convite de uma amiga para sair ou escolher a cor de um esmalte, ganha um novo sentido: o de se submeter! Passa a ter que pedir e de ser autorizada a fazer as coisas dentro do contexto da fantasia. As atividades passam a ser controladas; como a expressão que gosto de usar no Reino: submissa tem que abanar o rabo, dar satisfação de tudo e principalmente cumprir as regras. Gosto também de dizer sempre que para continuarem na sua zona de conforto, fazendo tudo o que gostam da forma que sempre fizeram, é melhor escolher o outro lado do chicote e viverem o papel de Rainha. Os primeiros encontros, ainda em fase de adaptação, geralmente são muito apreciados pela escrava, mas como não podem ser tão frequentes, ou com período de tempo mais longo, nem sempre a escrava tem condição de demonstrar todas as suas qualidades de uma só vez. Isso fica por conta do dia-a-dia, esse sim é que dá oportunidade a ela de mostrar sua força, sua entrega e sua submissão. Na minha caminhada SM, não tenho lembrança de ter ouvido nenhuma escrava dizer que surtou porque teve que ficar uma tarde sem comer, ou porque dormiu mal uma noite sobre o tapetinho no chão, enquanto a Nobreza se esbaldava na cama. Quando as tarefas e as vivências começam a se repetir entra a rotina.. E a rotina cansa e muito por sinal! Ela é o maior teste de provação para a escrava. E se ela não está preparada, ou com propósitos firmes começam a aparecer os problemas. De repente as coisas não funcionam mais como antes, a motivação já não é a mesma, tudo fica difícil, tudo precisa ser justificado: Por que eu? Por que só comigo? Por que assim? Nesse momento, como eu gosto de dizer: é chegada a hora de separar as escravas das crianças, ou seja, as que realmente querem viver a fantasia, conforme foi combinado no momento da negociação, daquelas que passam a ter outros propósitos e a fantasia em si se perde. É aí que tomo as palavras do Capitão Nascimento: não está agüentando k-07? Pede para sair! Com muita maturidade o mais sensato é Dono e escrava pararem a relação D/s de forma respeitosa. Cria-se espaço para uma amizade sincera com algumas certezas: esse tipo de fantasia não é algo prazeroso para a escrava, já que a fantasia é do Dominador; que há de se procurar outros relacionamentos mais próximos do que se deseja viver, pois perceber que a fantasia de outrem não a realiza como escrava, não faz de ninguém menos submissa. O importante é perceber que insistir em viver uma fantasia sem prazer e sem compromisso, mais do que trair o outro é trair a si mesmo. http://mestreka.com/bdsm/artigos/dominacao/110-nao-esta-aguentando-pede-para-sair

Falsa submissão

O que torna uma submissa uma falsa submissa, como é de se imaginar, são os objetivos da sua submissão. Desde que não seja o sincero prazer erótico obtido através do ato de servir ao Dominador que ela escolher e aceitar, ela é uma falsa submissa. Ela pode aceitar se submeter porque apaixonou-se ou ama um Dominador ou Sádico, mas não sente nenhum prazer na prática e sinceramente desejaria que Ele fosse diferente. Nesse caso a sua carência afetiva a faz submissa e não o prazer erótico, ou melhor dizendo, sua carência a faz uma falsa submissa. Outras vezes por frustrações nos seus relacionamentos convencionais, onde os homens aparentemente são muito mais exigentes quanto a beleza física, atributo do qual ela não é lá muito bem dotada, e a concorrência é grande, ela resolve conhecer novos universos, mas mais uma vez por pura carência afetiva. Nesse caso ela acaba por conhecer um Dominador e aceita submeter-se às práticas BDSM em troca de um pouco de afeto e atenção, mas isso não a faz uma autêntica submissa, cujo o prazer está no servir e não na pessoa em si, ou no preenchimento de uma lacuna afetiva aberta na alma. Não é culpa do Dominador não conseguir êxito com tais submissas, porque na verdade são falsas submissas, incapazes de se entregar realmente pelo prazer da submissão. Só conseguem "se entregar" se conquistadas como qualquer outra mulher comum e muitas vezes durante a relação tentam inverter os papeis manipulando o Dominador para atender suas vontades e exigências, à base de chantagens emocionais e de um conceito distorcido de D/s. As vezes até conseguem e muitas já até sondam antes da entrega essa possibilidade. Não havendo não se entregam. O curioso é que se não conseguem, acusam-no muitas vezes de mau Dominador e se conseguem, embora o aprovem, lhe façam reverências e louvem o seu nome para melhor convencerem, ele comprova ser um mau Dominador, vergando-se aos caprichos sutis e exigências veladas de sua suposta escrava, em detrimento de suas próprias vontades. É perfeitamente possível que a mulher por trás da escrava apaixone-se pelo homem por trás do Dominador e vice versa, mas sua submissão não deve estar condicionada a isso, mas às qualidades, características e afinidades que ele apresentar como Dominador. É isso o que interessa a uma autêntica escrava submissa quando está disponível e em busca de relacionamento. Outros motivos para a falsa submissão existem e podem ser também, desde a simples busca de novas e momentâneas aventuras no campo sexual, até o desequilíbrio emocional e a tentativa de expiar através de um Sádico culpas que traga consigo, arquivadas nos labirintos do inconsciente. Uma submissa iniciante, porém autêntica, pode começar errado e ter até propósitos menos sérios de início, por falta de informação, mas com o tempo vai se aperfeiçoando, até fazer reluzir todo o brilho de sua submissão. Já a falsa submissa não evolui, não adianta treinamento. Ela não quer sinceramente ser escrava, os seus objetivos, embora velados e talvez até inconscientes, são outros. Insiste em fazer prevalecer as suas vontades e não há nunca Dominador o bastante para ela, até talvez encontrar um suposto Dom que lhe atenda aos caprichos de mulher comum. Algumas mulheres confundem o desejo comum, que a maioria das mulheres tem, em algum momento, de se relacionar sexualmente com um homem viril, que na cama, as posicione e manipule seus corpos com mais energia e as possua sexualmente de uma forma mais vigorosa e rude, com submissão no BDSM. Gostar de ser manipulada com mais energia por seus amantes na cama, estarem sempre dispostas a fazer sexo com ele ou até mesmo aceitar uns tapas na cara nessa hora, sendo chamadas de prostitutas, não significa submissão BDSM. Uma relação D/s verdadeira extrapola em muito o ato sexual, porém tampouco é submissão entregar toda a vida a um suposto Dominador por pura conveniência, para que ele resolva todos os problemas ou diga como o fazer, já que assume o comando dela. Isto seria mais preguiça e comodismo que submissão. Texto retirado do site: Dom Tormentos. http://www.reinodeka.com/bdsm/artigos/submissao/119-falsa-submissao

Escravas existem?

Pode uma mulher concordar em estar numa suposta situação onde não se possa escapar? A resposta é sim, desde que, essa situação preencha suas fantasias. Muitas mulheres que no dia-a-dia são fortes, seguras, determinadas e de sucesso profissional vivem o papel de escravas, imaginando serem, de forma consensual, humilhadas e castigadas. A magia do jogo está na busca da felicidade. Nessas experiências, as pessoas vivenciam um processo de auto-conhecimento, onde os sentimentos e as sensações são prazerosos. Confiança, respeito, cumplicidade, lealdade e principalmente amor são ingredientes dessa porção mágica. Escravas são pessoas que têm prazer em ceder, colocar a vontade do Dominador em primeiro lugar, entregar o poder que tem sobre si para o outro. O poder mexe com os parceiros. Eles devem curtir o momento e buscar sempre a satisfação dos dois lados, ou o encanto se vai. http://www.reinodeka.com/bdsm/artigos/submissao/151-escravas-existem

Como nasce uma submissa...

Nós, escravas e submissas, costumamos dizer que "nascemos escravas" ou que "somos submissas de alma" e que isso vai facilitar a vida com o DONO. Entramos na relação, certas de que tudo vai dar certo e que cumprir ordens, passar por privações e provações será fácil já que "nascemos para isso". Mas não se iludam, nem sempre "querer é poder". Se levarmos em conta que a grande maioria das relações são vividas à distância e através de um contato virtual, é necessário que se tenha o firme propósito de viver a relação com seriedade e determinação, já que nem sempre existe a presença física. Devemos ter em mente que estamos vivendo por opção própria o papel que escolhemos. Dia desses, visitando um Blog observei que uma leitora baunilha dizia mais ou menos assim: "Como é possível alguém obedecer ordens de verdade, através do virtual? Como o Dominador vai se sentir seguro de que a escrava O está servindo e cumprindo à risca às Suas ordens?" Entre outras coisas ela dizia também que não acreditava no SM e que era impossível que nos dias de hoje, com um mundo tão liberal, alguém sentir prazer em ser usado por outra pessoa, cumprir ordens, passar por privações e até mesmo gostar de apanhar e sentir dores...embora admitisse que um pouco de fetiche deixava a relação mais emocionante... rs! Isso me fez refletir sobre algumas coisas que sempre encontro na internet. Por exemplo a mentira. Por mais que eu tente entender, não consigo ver onde existe prazer numa relação em que a escrava não viva sua submissão honestamente. Mentir, enganar o Dono, se passar por quem não é...e só para citar alguns exemplos. É comum encontrarmos escravas portando coleiras respeitadas que alardeiam sua submissão e que na verdade vivem uma mentira. A mim, não me parece nada prazeroso viver algo dessa forma. O que leva uma pessoa que optou em ser escrava e que porta uma coleira por mero desejo seu, mentir, enganar ou viver de aparência. Se sou submissa e vivo aos pés de meu DONO, como não vou cumprir as ordens determinadas por Ele? Que graça tem eu vir a público explanando todas as minhas vîvências, escrever poemas, textos alardeando minha "linda" submissão, sem passar pelos Treinamentos que são necessários para o meu crescimento? Muitos dizem que o que se vive no SM é um teatro. Se vive a Dominação/submissão no papel que escolhemos viver, mas que em volta a vida continua e o mundo lá fora nos espera. Em alguns pontos posso até concordar, mas para mim viver a submissão é pertencer sim de "corpo e alma" a meu DONO. É me entregar ao prazer que tenho em pertencer a Ele. Quando estou cumprindo Suas ordens, sofrendo as privações que Ele me impõe, me sinto submissa de verdade e aí para mim acaba o teatro e começa a realidade. Que prazer teria eu senão cumprisse as ordens?...se mentisse sobre elas? Aí sim seria só teatro. Através das privações, provações, tarefas e castigos, o Mestre vai me formando. Me descobri submissa, mas não seria uma se não estivesse aos pés do DONO, servindo-O, cumprindo Suas vontades e desejos. Entendo que é assim que Ele me transforma a cada dia. Os caminhos que sigo como escrava são traçados pelo meu Mestre e Senhor e trilho esses caminhos com a certeza de que é para o meu bem. O que faz uma escrava crescer aos olhos do Dono, senão as suas próprias vivências? Cada limite que avanço...cada obstáculo que supero, mais forças adquiro para continuar. Os desejos de meu DONO são os meus. A Ele me entrego para que me molde como desejar. Me ajoelho diante de Sua sabedoria e vontade todos os dias e é isso que me faz sempre muito feliz!!! por: karla { K@ }

Natureza rebelde e submissão: como dar conta disso...

A decisão de se tornar escrava submissa é livre para toda mulher. Ao assumir esse papel ela sabe que ao seu Dono deve obedecer e Ele, por sua vez, cobrará dela obediência e postura submissa na relação D/s, que decidiram viver em comum acordo. No entanto, percebo que a maioria das mulheres que procuram viver o SM na condição de submissa, traz de sua vida baunilha, um temperamento oposto ao que procuram. Geralmente são mulheres de gênio forte e natureza rebelde e exatamente por serem assim é que buscam na submissão, equilíbrio para a sua natureza. Como lidar com os mais diversos tipos de ordenamentos do Dono, sendo que nem todos eles são assimilados com facilidade? Como obedecer e se submeter se a natureza insiste descontroladamente em se rebelar? Esse é o desafio constante de toda submissa que traz consigo uma natureza rebelde. A priori é um contrassenso rebeldia e a submissão, mas para a mulher que tem essa natureza e decide viver uma relação D/s é necessário cuidado redobrado e busca constante do equilíbrio. Quando uma submissa desobedece por rebeldia, o Dono repudia a atitude dela, pois está ferindo ao que foi acordado. Por outro lado, a submissa quando se vê nessa situação, muitas vezes, assume para si um sentimento de culpa que pode ser pior do que os mais severos castigos. Ela queria tanto… mas não conseguiu! O desejo da submissa foi violado por um ato impensado, um gesto brusco agressivo, uma contestação. O desequilíbrio se estabelece em ambas as partes. Uma das situações onde mais se percebe a rebeldia de uma submissa, não só dela, mas no caso estou me referindo a submissão, é a tão conhecida situação de ciúme. A relação D/s é muito intensa, quando ela está dando certo, o inconsciente da mulher, antes mesmo da submissa, tende a querer ter controle sobre o Dono, por mais que a realidade seja outra, os fatos dizem abertamente que ela não tem esse direito, esse sentimento de posse insiste em atormentá-la. É comum isso acontecer quando o Dono tem sob seu domínio mais de uma submissa e dá mais atenção a outras. Não somente a outra submissa, mas uma Rainha convidada, ou qualquer pessoa que possa desestabilizar a zona de conforto da submissa. Sentir-se preterida, fragilizada pelo Dono é uma situação propícia para desencadear sentimentos de rebeldia. Porém não é só o ciúme que provoca esse instinto rebelde, outras situações também, esse foi apenas um exemplo. Há de se considerar que grande parte dos dominadores sente mais prazer quando consegue envergar a rebeldia da uma escrava do que tê-la na condição sempre passiva e cordata. No entanto, tudo tem limite, a constância de atos rebeldes pode desgastar e até mesmo por um fim na relação. Uma coisa é agir impulsivamente com rebeldia, outra é fazer disso um modo de vida e colocar em cheque a autoridade de quem domina. Não há remédio, nem fórmula mágica que controle essa natureza explosiva, a não ser diligência constante. A “sub-rebelde” deve estar atenta e tentar se controlar nas mais diversas situações-limite para não ter do que se arrepender. O bom da história é que quanto mais o Dono vê a submissa se conter e forjar sua natureza amotinada, mais Ele se aproxima dela. Por: kalía { K@ }

Haréns e relacionamento D/s

Quando estamos numa relação baunilha, apesar das dificuldades em se lidar com as diferenças, há uma certa tranquilidade por conhecermos este tipo de relação desde a infância. Somos educados para vivê-las de forma a tornarem-se normais. Já nas relações SM, mesmo respeitando o SSC, as coisas são bem diferentes: mexemos com o eu interior, com o que realmente somos, com que o gostamos. Acreditamos na liberdade de sentir e agir sem as amarras que nos são impostas pela sociedade. Ao nos permitirmos viver uma relação de Dominação e submissão temos que ser fiel àquilo que acreditamos e esperamos da relação. Quando o Dono tem a fantasia de possuir um harém a complexidade aumenta. Sentimentos como ciúme, carência, raiva e medo afloram-se nos fazendo lembrar de sentimentos baunilhas tão intrínsecos principalmente numa mulher. Mesmo sendo SM, como lidar com tais sentimentos? Parte cabe ao Dono: na forma como conduz e entende a relação. A outra parte cabe à submissa, que precisa ter maturidade e determinação para aprender a lidar com os sentimentos construídos ao longo de uma vida inteira. Ambos precisam saber muito bem o que desejam e esperam da relação. Nós submissas precisamos descobrir a motivação correta para viver nossas fantasias. Numa sessão SM pura e simples os papéis ficam muito claros. Tudo fica muito diferente e complicado quando entre as sessões se misturam algumas situações baunilhas onde o estimulo não está indo apenas para a submissa e sim para o todo (mulher/submissa). O Dono quer ir ao cinema ou sair para jantar e vai com sua submissa. Ainda que se estipule algumas regras mais veladas, como a submissa ter que sair sem calcinha por exemplo, todas as atitudes dele estimularão também a mulher. É nesta hora que a submissa precisa ter bem o pé no chão. Qual submissa já não sonhou em juntar a vida SM com a baunilha? Muitas sonham com isto, mas há de se perceber se o Dominador também tem este desejo. Para muitos não existe esta possibilidade. Num harém se a motivação da submissa for apenas baunilha, a relação esta fadada ao fracasso, por todos os sentimentos agregados. Por outro lado, se a motivação for apenas SM, tudo fica mais tranquilo, pois tanto o Dominador e a submissa tem bem claro qual o tipo de relação desejam viver. Numa relação onde o Dono tem mais de uma submissa, ela tem que se preocupar em satisfazer o seu Dono. Não deve se preocupar com a entrega das outras. Não deve se deixar levar pela competição. Imagine a grandeza do desprendimento, em ajudar uma outra submissa a se arrumar para o Dono. Entender e respeitar que naquele momento não é com você que ele quer estar. Acredito ser o ápice da entrega e submissão. por: Klara * K@ *