sábado, 25 de fevereiro de 2012

EMPRÉSTIMO DE ESCRAVAS

Quando se pergunta sobre empréstimo de escravas, logo vem-nos à cabeça respostas simplistas como “empresto ou não empresto”, “tenho ciúme ou não tenho ciúme”, “ela quer/deixa ou não”, que levam ao “Depende do Consensual” ou “Estando no contrato com minha escrava, tenho direito”. Em primeiro lugar é pleonasmo dizer que algo no BDSM tem que ser Consensual. Pois “TUDO” no BDSM tem que ser consensual, mesmo fazendo parte de um consensual amplo e irrestrito representado pela entrega total da escrava que abre mão de todos os seus limites e se entrega integralmente nas mãos e nos desejos de seu Mestre, pois mesmo aí existiu o Consensual no momento prévio em que ela fez essa entrega total. Por outro lado também não acredito na força dos contratos de submissão. E caso a permissão para o empréstimo esteja lá, o principal foi a consensualidade da escrava em incluí-lo e não a existência de tal contrato que não gera um direito obrigacional real e nem tem força coercitiva (mesmo pq coação não faz parte do BDSM), mas tão somente representa uma exposição textual e física dos sentimentos, condutas e entrega da sub. Prosseguindo, o que leva um Mestre a emprestar sua escrava e esta a “consentir” isso ? Se o empréstimo é feito porque a escrava quer ampliar seu numero de parceiros, estamos – na minha opinião – mais num caso de libertinagem do que de empréstimo BDSM. Nada contra a libertinagem. Longe de mim condená-la. E se este é o estilo, o desejo e o objetivo do casal, que se ponha em prática intensamente, sem culpas, sem falsos moralismos e sem limites. Porém, devo aqui falar sobre minhas convicções quanto ao meu estilo de BDSM, e delas depreendo que a escrava numa relação BDSM (no “BDSM Romântico” como defino meu estilo) deve escolher a um Dono exclusivo e a ele se dedicar integralmente. A escrava não tem a liberdade para mudar de parceiros a cada dia/momento, variando e multiplicando livremente o numero de Dominadores (pq quem esteja numa situação dessas não é Dono, é Dominador apenas). Esta é a minha visão da MINHA escrava submissa. Porque como digo, não SE É SUB. simplesmente, se é sub DE ALGUÉM. É neste contexto que acredito que muitos respondem se emprestariam ou não suas escravas. Ou seja, na verdade respondem se teriam ciúmes delas e se julgariam o ato uma infidelidade e por isso não aceitariam que ela FOSSE DE OUTRO, ou então diriam não ter ciúmes (ou não o assumiram) e assim emprestariam livremente sua escrava, até mesmo para implementar uma possível fantasia que faça parte do universo deles. Mas há um detalhe importante no empréstimo BDSM: a escrava não é do outro em momento algum, ela continua sendo SÓ DE SEU DONO, mesmo estando nas mãos do outro e sendo usada por ele.... Duvidam ? ... Ainda nas respostas, vejo que muitas vezes o impedimento do empréstimo nem vem do Mestre que se agrada ou não com ele, mas sim da escrava que o inclui em seus limites. E pq inclui ? Primeiro por não ser e nem querer viver uma fantasia libertina, segundo porque o empréstimo para ela (e para seu Mestre também) nem soa como ciúme ou não, muito menos com grandeza. Soa como DESPREZO do Mestre pela escrava. Ou seja, o Mestre empresta sua escrava na tentativa de mostrá-la que ela não tem o menor valor ou importância para ele e por isso mesmo ele a dá e empresta sem nenhum constrangimento, sentimento, rancor ou ciúme. Mas o empréstimo – na minha opinião - não pode ser usado como humilhação ou desprezo. NUNCA !! Muito pelo contrário. Ele dignifica a escrava e mostra a intensidade de sua submissão, dedicação e entrega a seu Dono. Mas como ? Perguntariam alguns... Como Pode a escrava demonstrar pertencer intensa e EXCLUSIVAMENTE a seu Dono, exatamente no momento em que está sendo emprestada e usada por outra pessoa ? Ora, parafraseando o clássico “História de O”, de Pauline Réage, a maior prova de que a escrava pertence a um Mestre é ele poder emprestá-la, pois só se pode emprestar, aquilo que nos pertence !! À primeira vista isto pode parecer consolo de corno, mas não é. E é por isso que o mais importante no empréstimo é se avaliar e se cumprir o seu objetivo, qual seja, o da escrava demonstrar sua dedicação e entrega a seu Dono e este confirmar sua posse e poder sobre o corpo e desejos de sua serva. A escrava não escolhe e nem aceita o outro homem para quem está sendo entregue. Ela não está querendo experimentar e estar com a outra pessoa, sendo infiel com seu Dono ou querendo variar e ampliar o número de parceiros. Ela estará tão somente e sublimemente exercitando a sua submissão exclusiva a seu Dono, obedecendo-o e entregando seu corpo a ele a tal ponto que ele possa dá-lo a quem quiser. Assim, é importantíssimo no empréstimo que a escrava esteja entregando seu corpo não ao outro homem, mas sim a seu Dono. Ela deve entregar seu corpo e seus desejos àquele que escolheu servir e este sim pode dá-lo a quem bem aprouver e sob sua exclusiva escolha e arbítrio. Este é o verdadeiro empréstimo BDSM. O “outro homem” pouco representa na relação. A entrega esta sendo feita pela escrava a seu Dono que comprova desta forma ter a posse total e irrestrita do corpo dela através do seu uso por quem ele determinar livremente. Isto sim é literalmente se dizer que o Mestre é o DONO do corpo e dos desejos da escrava e por isso pode emprestá-lo a quem quiser. Há casos de empréstimos nos quais o Dono tem o objetivo de emprestar a escrava a outro Mestre para a evolução dela (p.ex.: Um Mestre que não saiba fazer uma determinada cena ou prática e empresta a sua escrava a um outro que saiba para que ela experimente, ou um Mestre que queira que sua escrava experimente a sensação de pertencer a outro Mestre para que ela confirme sua escolha, etc...), hipótese em que a entrega tem que ser mais efetiva e o outro Mestre realmente terá o controle da situação, podendo inclusive ficar sozinho com a escrava. Existem também empréstimos exclusivamente para cenas, onde não há qualquer contato sexual ou de libido com a escrava. Por exemplo: um empréstimo para um spanking, ou para um Bondage. Porém, num empréstimo puro e simples e com contato sexual envolvido, como garantir que a escrava não esta “querendo” o outro homem e está disfarçando este desejo dizendo entregar seu corpo a seu Mestre e não ao outro ? Simples. Não deixe que ela saiba para quem está sendo emprestada, pois, sendo assim, como ela poderá estar desejando-o ou escolhendo-o ? ... Mas como fazer isso ? Em primeiro lugar, frise-se que o mais importante e mais difícil é escolher a pessoa certa. Sim... Pasme-se, mas é DIFICÍLIMO encontrar um “outro homem” que queira participar da cena, em especial porque a maioria dos grandes Mestres não se agrada de possuir uma escrava emprestada. Eles querem e tem suas próprias escravas e por isso para que possuir a de outro sob empréstimo ? E imagina-se que isto ocorrendo, o Mestre arrendador estará na verdade “fazendo um favor a um amigo (O Dono da escrava)” e não “se aproveitando ou se deleitando com a escrava alheia”. Além disso, é preciso que seja uma pessoa confiável e que entenda o que está acontecendo ali. Não agradaria a nenhum Mestre emprestar a escrava a um cético ignorante que sairia da cena julgando-os um Mestre corno e uma escrava promíscua, em vez de respeitar e valorizar aquela cena especial. Assim, o escolhido deve ser alguém confiável e que se sujeite às regras do jogo. Porque – nesta forma de empréstimo - o Mestre em momento algum se afastará dos dois e o escolhido deve respeitar as determinações e limites impostos prévia e no momento pelo Dono da escrava, que é quem irá orquestrar toda a cena e se manter como Dono ÚNICO dela. Por fim, o escolhido não deve sair daquela relação iludido em julgar que houve algum envolvimento ou algum interesse da escrava por ele. Porque não houve. Tentar algum contato ou sedução posterior com ela é ridículo, condenável e inadmissível. E de uma forma bem fria de análise, dá bem para reparar quem foi “usado” ali, não ? *RRR... Mas encontrando a pessoa certa, como evitar um envolvimento da escrava com ele ? Simples. A escrava não deve saber nem “quem” ele é e nem “como” ele é. Para isso ela não participa de nenhum processo de escolha. Afinal, se participasse, ela estaria de alguma forma se entregando ao outro, pois escolheria seu tipo e aquele que lhe gerasse desejo e não é este o intuito. A escrava apenas entrega seu corpo totalmente AO SEU DONO, e este sim irá definir sozinho e sem nenhuma consulta, interferência ou preferência da escrava, a quem a mesma será emprestada, e se for alguém que ela nunca escolheria, melhor. Já durante a sessão de empréstimo, a escrava deve ser vendada cuidadosamente de forma a garantir que a mesma não tenha a menor condição de ver o escolhido, devendo-se combinar que o mesmo fale o mínimo possível durante a cena e, por fim, deve-se deixar a escrava amarrada o maior tempo possível, pois assim, nem mediante o tato ou o toque a mesma poderá definir “como é” o homem para quem está sendo emprestada. Desta forma, sem saber quem ele é nem como é, sem ver, sem ter conversado, sem ter escolhido, sem ter avaliado, sem tê-lo desejado, a quem a escrava está dando seu corpo ? Ao “outro” ? Claro que não ! Sem saber quem é e nem como ele é ? Ora, ela entregou seu corpo antecipadamente a seu Mestre e ali naquele momento, está apenas confirmando a plenitude desta entrega e a intensidade e poder da posse de seu Dono ao ser de quem ELE determinou, seja quem for. E para que tudo saia conforme o previsto, é preciso que a escrava só seja solta e desvendada quando o outro for embora, e que este nunca a procure e nem lhe seja dito ou mostrado quem ele é. Para as mulheres eu perguntaria: No fim das contas isso tudo não é algo extremamente excitante que seu Dono estaria lhe proporcionando ? Ter na lista dos homens que já possuíram seu corpo um que vc. não tem a mínima idéia de quem é e nem mesmo como ele é ? Já imaginou participar de encontros BDSM e imaginar se não estaria ali o tal homem ? Ele sabendo quem vc. é, e vc. não ? E para os Mestres que não experimentaram tal prática, vocês não imaginam a sensação única de poder que é dispor de um corpo feminino e poder vê-lo guiado e obedecendo às suas vontades, não para si mesmo, mas dispondo-o para quem vc determinar. Vc. escolhe, não ela. ... Mas nem tudo são rosas. São necessários alguns cuidados importantíssimos, não só no tocante à saúde e segurança do empréstimo, mas também com a parte emocional tanto da escrava, como do próprio Mestre. Se a escrava não estiver convicta de que o intuito do empréstimo e seu contexto único é a comprovação de que seu corpo pertence ao seu Dono e por isso ele pode emprestar a quem quiser, NUNCA, mesmo sob permissão e consensualidade, mesmo sob a égide da entrega total da escrava, não se deve emprestá-la jamais. Primeiro pelo risco mais egoísta de que ela pode é estar querendo outro homem e está usando o empréstimo como justificativa (e assim traindo a confiança de seu Mestre e seus dogmas BDSM), ou mesmo vir a se agradar e se envolver com aquele outro no empréstimo e – pior – depois dele. Segundo porque se esta escrava não consegue entender, concordar e assumir a dinâmica verdadeira e honesta do empréstimo, o mesmo será na realidade uma grande AGRESSÃO à sua honra, à sua moral, à sua libido e a beleza da relação que tem com seu Dono, que pode até mesmo acabar por fazê-la se enojar dele e do BDSM. Ela pode acabar, em vez de orgulho e de convicção em sua entrega e submissão, sentir-se rejeitada, desvalorizada, agredida, ofendida e principalmente, pode sentir-se promíscua e obscena, o que – não me contestem – a escrava submissa não é, muito pelo contrário, e menos ainda neste momento especial. Por isso, o empréstimo nem mesmo deve ser uma “prova de submissão da escrava feita sob pressão” nem um teste de confirmação da entrega total, porque não é. Pois se não se confirmar, mediante muito diálogo e sinceridade que a escrava está ciente e convicta da dinâmica do empréstimo, não há nada que justifique que o mesmo seja feito. Mas não falemos só dos problemas com a escrava. E o Mestre ? É preciso que ele tenha muito, mas muuuuito cuidado para não ser leviano e precipitado neste empréstimo. Ele deve conhecer e avaliar muito bem seus próprios sentimentos para com aquela escrava em especial que irá emprestar e se existe em seu íntimo algum ciúme por ela. Assim ele evita de, por capricho ou exibicionismo, precipitada e erroneamente emprestá-la. Isso porque, não nos iludamos: na hora do empréstimo, por mais que o mesmo se processe da forma como narrei acima, algum mínimo e instintivo envolvimento irá ter entre a escrava e o escolhido. Afinal, estamos falando de um homem e uma mulher num ato sexual e erótico. Logo, isso pode facilmente acontecer e não há como exigir que a escrava se mantenha impassível, frígida e não sinta como mulher absolutamente nada durante o empréstimo, senão sua submissão e dedicação a seu Dono. É claro que não. Por isso o Mestre deve estar preparado para neste momento, aceitá-lo maduramente e entendê-lo, e não acabar por tirar o escolhido de cima da escrava e espancá-la violentamente num frenesi de ciúme incontrolável. Enfim, o Mestre também deve entender o significado e importância do empréstimo no BDSM. Ele não pode deixar que nenhum resquício ruim reste da cena e acabe por julgar depois sua escrava uma depravada por tê-la feito (tem doido que seria ingrato a este ponto), ou pior, ele mesmo ter feito o empréstimo na tentativa de sufocar um envolvimento e um sentimento maior que esteja surgindo, ou – o mais condenável – fazer o empréstimo como um ato de desprezo à sua escrava. Isso tudo é inadmissível. Aquele ato está sendo uma das maiores provas de que a escrava pertence a seu Dono, confia nele cegamente a ponto de por em suas mãos seu corpo não só para ele mas para quem ele determinar. Da mesma forma, é um momento de poder único para um homem, um Mestre, um Dono. Logo, não há que se deixar surgir sentimentos mesquinhos ou inseguros, muito menos esconder a grandeza daquele momento sob a égide de poder prepotente, ciúme frágil, ressentimentos ou falta de reconhecimento do grande valor e dedicação de uma escrava submissa. É a minha opinião, Jot@SM EM TEMPO: Nunca peça ou sugira a um Mestre que ele empreste sua escrava, nem mesmo insinue perguntando se ele o faz. Não é de bom tom, mesmo para um Mestre que sabidamente já tenha emprestado escravas. Mesmo porque, cada caso é um caso, cada escrava é uma escrava. Seja por respeito aos limites/estilo dela, seja pela forma/intensidade e intenção/pretensão de relacionamento que o Dono tem com aquela escrava em especial.

A DIFERENÇA ENTRE

“Sádico” é o praticante ativo (*) no BDSM que encontra sua plenitude no S&M (sadomasoquismo) e caracteriza-se pelo uso da prática de infringir dor, castigos e torturas às escravas como forma de prazer (.. mútuo – afinal, não nos esqueçamos do "consensual" sempre presente). É o mais fácil de se classificar, pois sua definição consta de qualquer dicionário. Já “Dominador” é o praticante ativo no BDSM, mais destacadamente no D/s, caracterizado pela prática de comandar e subjugar escravas, podendo assim obter delas a obediência e a dedicação que almeja, além da entrega de seu corpo. Um dominador geralmente também pratica o sadismo. Não só para castigar suas escravas submissas por alguma desobediência ou indisciplina (mantendo assim seu domínio e disciplinamento sobre elas), como também para seu puro prazer, sendo nestes caso um Dominador Sádico. Já o “Mestre” é aquele que educa, ensina, orienta e mostra os caminhos do BDSM para a escrava. Ajuda-a a evoluir, a se descobrir, a se desenvolver e se assumir dentro do vasto universo desta nossa fantasia. Com sua prática, experiência e coerência, pode propiciar à ela a descoberta de suas tendências, de seus anseios, seus limites e suas preferências e características. É acima de tudo, um amigo, um parceiro e um guru. Num comparativo, os termos "dominador e sádico" estariam mais ligado à PRÁTICA do BDSM, enquanto "Mestre" estaria ligado à doutrina, ensinamento e pensamento. Desta forma, um Mestre na sessão (seja ela real ou virtual) estaria exercendo também as características de dominador e/ou sádico. Já um dominador – puro e simples – nunca é um Mestre. Quando muito, pode chegar a um "adestrador" ou "disciplinador". Ora, pode-se ser dominador sem ser Mestre ? Claro. Basta imaginar uma situação em que um praticante ativo conhece uma escrava já bastante experiente no BDSM. Ele será "Mestre" dela ? Muito difícil. Ele irá tê-la e dominá-la, mas não terá sido ele que a ensinou, guiou ou doutrinou no BDSM. Nem antes, nem durante seu domínio. Assim, ele seria apenas o Dominador dela, mas não o seu Mestre. Esta situação é fácil de imaginar, mas e o inverso ? Pode-se ser Mestre sem ser dominador ? Claro. Ainda mais hoje em dia - com o desenvolvimento do BDSM na internet –tornou-se comum a figura do Mestre que conhece a escrava nos chats, descobre suas tendências (e faz ela se descobrir), mostra-lhe o universo BDSM, educa-a, faz ela se assumir escrava e se orgulhar disso, descobrindo seus desejos, seus instintos, seus anseios, seus limites e seus prazeres, sem, porém - por algum motivo – possuí-la no Real, desta forma não praticando de fato o ato do BDSM, suas cenas e a sessão tão planejada e imaginada. Ele foi o Mestre dela ? Claro. Não foi o seu Dominador, mas foi o seu Mestre. Num caso extremo, poderia-se até imaginar que um praticante ativo pedisse a um amigo seu - mais experiente e paciente com a árdua tarefa de ser Mestre (hehehe) - para "disciplinar e educar a sua escrava". Neste caso, estaria este segundo sendo SÓ MESTRE dela, enquanto seu amigo que a emprestou é que é o Dominador... e Dono dela. Porém, como o maior prazer do Mestre é exatamente ensinar, guiar e iniciar novas escravas ou evoluir aquelas já iniciadas na prática do BDSM, e como para isso é necessário que o Mestre tenha uma grande dose de poder e controle sobre a sub por um longo e irrestrito período de tempo, é comum que um Mestre não se interesse por escravas emprestadas ou por aquelas que se proponham a ser dele em apenas uma sessão. Já os dominadores, sim. Continuando, "Dono" é o mais completo e grandioso termo usado para definir um praticante ativo dentro do BDSM. O Dono é aquele que não só domina a escrava, não só a educou, disciplinou e descobriu-a, mas aquele que A TEM. Sua escrava não é simplesmente uma escrava, é "A" escrava. Não é uma sub, e sim a sub DELE. Ele não tem a sua posse restrita às sessões como o dominador, pois sua posse extrapola os limites físicos do BDSM e adentra nos sentimentos, pensamentos, personalidade e convicções de sua sub. A escrava não é escrava sem ele, mas com ele não tem sequer a posse do próprio corpo, que já ofertou a seu DONO, bem como sua mente se volta não para a prática do BDSM (num agrado passageiro àquele que a subjugue numa sessão ou numa cena), mas à dedicação e obediência constante àquele que a conquistou de corpo e alma. Mas não limitemos a figura do Dono ao D/s 24/7, onde – convenhamos - sua figura é imprescindível. O Dono existe a partir do momento em que a escrava descobre aquele a quem se entregará e abandona sua busca de um Mestre Dominador. É quando sua libido, seu desejo e seus pensamentos BDSM se voltam para aquela única pessoa com a certeza, a convicção e o orgulho de constatar ser ele sua "cara metade" no universo BDSM. Em suma, o Dono tem a entrega da escrava a ele restrita e assumida. Ele tem o DOMÍNIO total e exclusivo da escrava, extrapolando o momento físico da sessão real ou virtual, destacando-o assim do simples Dominador, que pode até dominar escravas que nem são dele. Porém, pode-se ser o dominador momentâneo de uma escrava libertina ? Sim. Pode-se até guia-la e ser seu Mestre, mas seu Dono, nunca. Assim o que mais caracteriza o dono é a entrega e fidelidade de sua escrava. O Dono também não tem só a atenção e o respeito que tem o Mestre, Ele tem a concordância e obediência cega de sua escrava. Ela não só aprende e se descobre com ele, como é com o Mestre, pois o Dono também impõe seu estilo e molda sua escrava. Afinal, ele é aquele que a sub escolheu não só para conduzi-la, mas para moldá-la e lapidá-la. Porém, cumpre acrescentar uma observação: O domínio é uma concepção que pode se materializar através da "propriedade" ou da "posse". Como em BDSM não existe qualquer termo ou ato formal que possa caracterizar uma propriedade (a não ser o registro virtual ou por vezes até cartorial de "contratos de servidão" sem qualquer valor legal ou moral), o Domínio em BDSM não poderia ser exercido através da propriedade, mas tão somente por meio da POSSE. Ou seja, é necessário para ser Dono que o praticante ativo tenha "tomado posse" do que é seu e isso só se processa através de uma relação real. Os mais liberais poderiam até encarar uma entrega e sexo virtuais como uma posse do internauta sobre sua escrava. Porém, uma análise mais coerente só leva-nos a concluir que ali houve apenas uma "dominação", nunca uma posse. Também a coleira poderia ser confundida como um termo formal de propriedade, mas não é. Ela é um símbolo, e não um termo. Mesmo porque, uma coleira virtual necessita apenas de um clicar no hiperlink "sair da sala" para desaparecer. Porém, a "verdadeira coleira" que um Dono coloca em sua escrava não é virtual e nem mesmo de couro. Ela é de entrega, de convicção, de segurança e de sentimentos. E essa, não há clicar ou fecho que permita tira-la facilmente *pisc Destarte, somente pode-se ser Dono no Real. No virtual, no máximo, pode-se ser Dominador. Mas não menospreze-se a importância do virtual. Afinal, hoje em dia com a internet, eu diria que o Mestre é uma figura mais presente e salientada no virtual, pois maioria do seu ensinamento e da descoberta da escrava se faz através deste meio. No real, é mais comum o Mestre exercer seu papel de Dominador/sádico, pondo em prática seus ensinamentos e extraindo da escrava tudo aquilo que puderam descobrir, desvendar e aprender em seus contatos virtuais. Por fim, os 4 tipos de praticantes ativos anteriores são assim definidos em função de sua relação com suas escravas (sejam virtuais, reais, deles ou não). Porém, existe ainda a figura do “Mentor”, que por vezes pode até ser confundida com a do Mestre, mas que não tem sua atuação no BDSM estreitamente ligada à sua relação com alguma(s) escrava(s). O Mestre é aquele que transmite seus conhecimentos e experiências no BDSM, mas em private a um numero restrito de pessoas, em sua totalidade escravas. Já o Mentor extrapola este universo e acaba por também repassar seus conhecimentos a outros Mestres e a grupos, chegando inclusive a ser criador e formador de opinião. Sua pretensão - como Mentor - é desde o início restrita ao objetivo de disseminar, discutir e aprimorar o pensamento e a cultura BDSM. Se daí surgir alguma "pupila" em especial por quem ele se interesse, ele passará então a ser Mestre dela, não Mentor “dela”. Desta forma, o Mentor não estaria associado a uma relação direta com escravas, como o Mestre, mas sim a uma relação com o meio BDSM como um todo. Inclusive, complete-se que o Mentor nem mesmo tem que ser obrigatoriamente um praticante ativo no BDSM, uma vez que pode-se até classificar como mentores alguns(mas) escravos(as) quando eles, de alguma forma, criam, desenvolvem, aprimoram, discutem, ensinam e proliferam a cultura e o pensamento BDSM a outros praticantes, até mesmo ativos. Agora, não me perguntem a definição de Lord, Sir, Herr, Fuhrer, Adestrador, etc... Os termos que usei aqui não se relacionam aos nicks e títulos que cada um cria e escolhe para si, e sim com seus comportamentos, poder e estilos que eu classificaria nestes 4 tipos. O titulo que cada um usa é de sua livre escolha... Alias.... Ainda bem que é assim, pois se nos baseássemos na maioria dos "aliens" que entram nas salas com nicks de Dominador, Mestre e Dono, estaríamos perdidos. *rs Bem, espero Ter demonstrado minha visão quanto às diferenças e interações entre Sádico, Dominador, Mestre e Dono, concluindo que o ideal é ser os quatro: Mestre no prelúdio virtual e no desenvolvimento da escrava, Sádico Dominador na sessão e Dono sempre. É a minha opinião, Jot@SM ____________________________________________________________ (*) Os "praticantes ativos" também são chamados de "Top". Porém, evite de usar este termo porque ele denota uma imagem de "superioridade" aos praticantes ativos e concomitantemente de “inferioridade” às praticantes passivas da qual eu discordo e rejeito.

CHUVAS PRATA E DOURADA

..... Ooohhhhhhhh.... ou Bleasrsgghttsssss... Já reagirão alguns diante do título. Afinal, este é um tema muitas vezes tabu, limite ou repulsivo para a maioria. Mas quem sabe algumas (errôneas) imagens e idéias sobre o mesmo não irão se dissipar com este texto ? Afinal, esta é a idéia... Então, vamos lá... Chuva Prata é um termo usado indistintamente para três tipos de fluidos: suor, cuspe e para os líquidos sexuais (esperma e gozo feminino). O suor, afastada a hipótese de uma total e incontrolável repulsa da escrava, o que somente neste caso transformaria a chuva prata correspondente numa tortura ou humilhação, teria uma conotação na verdade erótica, sensual e libidinosa. Pois lamber ou ser molhado pelo suor do parceiro, compartilhando de seu cheiro, seu gosto e seu fluido, é demonstrar a total falta de nojo ou repulsa ao companheiro, o que resultaria numa aproximação e envolvimento ainda mais intensos. Ao contrário do suor, a saliva/cuspe, em face da conotação social de humilhação, subjugo e desprezo dada a uma "cusparada no rosto" ou "cuspida", dificilmente conseguiria denotar "envolvimento ou aproximação". Como a bofetada, uma cusparada no rosto tem no BDSM a mesma força intrínseca maior no fator psicológico e social. É incontesti que um tapa no rosto é muito, mas muuito menos dolorido ou hard do que um spanking ou um chicoteamento. Porém, o poder de subjugo, disciplinamento e imposição de obediência/respeito imediato que possui, torna-o muito mais eficiente como uma imediata atitude de imposição de "pulso forte" e bloqueio de uma falha ou rebeldia da escrava, do que um chicoteamento que a tire sangue. Isso porque o susto, imediatismo e conotação psicológica e social de um tapa no rosto supera em muito os efeitos (não os físicos, mas os psíquicos) de um chicoteamento, no objetivo de humilhação, disciplinamento e/ou imposição de moral/respeito imediato. Pois é muito forte a imagem do tapa no rosto que nos foi incutida e nos acompanha no dia a dia e até mesmo em termos verbais usuais ("foi uma bofetada na cara", "vou te dar na cara", etc...). Assim, da mesma forma, acompanha tal fator psicológico e social a cusparada, seja no rosto ou mesmo no chão/corpo em sinal de desprezo. Sua conotação social e psicológica imposta no dia a dia e incutido em nossa personalidade, faz com que a mesma acabe por sempre denotar humilhação ou desprezo. Ou, sob outro prisma, grosseria ou vulgaridade. Para encerrar as chuvas prata, entremos na mais polêmica delas: O gozo. Primeiramente o esperma masculino: Pode parecer para nós – fetichistas e pessoas mais liberadas – inconcebível que o sexo oral ainda possa causar alguma repulsa ou ser tratado como tabu. Mas é. Para muitos "baunilhas plus" uma "chupada" ainda é algo assustador, vulgar, repulsivo, humilhante ou inaceitável. Ora, se o sexo oral já é uma pratica polêmica e repulsiva para muitos, o que dizer então da chuva prata resultante ? Gozar sobre a escrava é um ato e um visual maravilhosos, mas pode gerar nojo em algumas delas (mesmo lembrando que o sêmen é o fluido mais limpo do organismo, pois é o único que não tem como objetivo exalar impurezas). Indo além, esta prática teria vários níveis diferentes, pois, dependendo do envolvimento, confiança e segurança (merecidos) entre o casal, pode-se ir de uma simples gozada no corpo, até uma gozada na boca com a ingestão ou não da escrava do fluido de seu Dono. Aí, repito, é necessária a devida confiança e segurança no parceiro para que tal prática não deixe de ser uma fantasia e passe a ser uma irresponsabilidade... ou suicídio com os riscos dos dias de hj. Neste raciocínio, saliente-se que recusar práticas escatológicas pela dúvida de sua segurança com um parceiro em especial é plenamente coerente. Porém, vejo aí um pleonasmo. Porque este cuidado com a escolha do parceiro não deve se restringir nem nascer numa prática específica, mas sim, deve ser uma prerrogativa e constância em toda a relação. Ter um envolvimento íntimo com uma outra pessoa – ainda mais intenso como é o BDSM - sem o devido cuidado e confiança no parceiro é uma irresponsabilidade. Porém, usar constante e intransponivelmente tal prerrogativa para se eximir de práticas específicas dentro da relação deixa de ser um sinal de prudência, para ser uma evidência de covardia, protelação ou enganação. E o sexo oral NA ESCRAVA ? Pasme-se, mas este ainda é um grande tabu em BDSM. Se existem Mestres que chegam ao extremo de omitir e negar beijos e carinhos na sessão, imagine sexo oral na escrava ? Mas porque este tabu ? Onde o mesmo se apóia para interligar-se com a liturgia BDSM ? Primeiro porque é um grande tabu também no baunilha. Poucos sabem, mas no início do século, chamar um homem de "chupador de vagina" era uma ofensa inaceitável. Pois significava que o homem era impotente ou "servia" a uma mulher numa sociedade ainda amplamente machista. Assim, talvez esta imagem ainda sobreviva, fazendo com que o sexo oral na mulher seja visto "ainda" como uma – pasme-se – humilhação. Segundo, porque parte-se da premissa que só quem é chupado sente prazer (que tolice). Ou seja, ao praticar o sexo oral em sua escrava, o Dono estaria fazendo uma prática onde só ela sente prazer e portanto ele estaria com isso "servindo-a" e a seu prazer egoísta. Assim, haveria uma inversão de valores, pois conceitualmente quem deve agradar e servir gratuitamente é a escrava. Ora, se o Mestre não sente prazer ou sente repulsa nesta prática, que não a faça. É um direito dele. Mas, tirando aqueles que tem em sua atitude a justificativa coerente da insuficiente higiene da sua parceira, deixar de praticá-lo pelo preconceito de julgá-lo inaceitável no BDSM, é um desperdício. E diante disso, completo, para aqueles que ainda julguem o sexo oral na escrava uma prática humilhante ou serviçal do Mestre, passível de diminuir seu domínio e moral, que não existe forma mais eficiente de se dominar uma mulher do que pela libido. Logo, quanto mais artifícios um bom Mestre souber e se dispor a usar para elevar o desejo, o tesão, o gozo e a realização de sua serva, mais ela estará SOB SEU DOMÍNIO. *pisc Continuando... Peço licença para abster-me da análise da Chuva marrom, uma vez que esta é uma prática que faz parte de meus limites como Mestre. E justifico, para não parecer preconceito: Primeiro porque não consigo imaginar-me conseguindo o necessário relaxamento durante uma sessão para praticá-la; e segundo, porque o olfato é um sentido muito forte em minha libido. Tanto prova que em minhas regras restrinjo o uso de perfume pela escrava para que seu cheiro próprio, único, inconfundível e erótico não seja sufocado por um extrato de seiva que, por mais caro e raro que seja, não chega aos pés do cheiro único e atraente da fêmea excitada, clamando pelo gozo com seu Dono. Assim, adentremos na Chuva Dourada... De início devemos observar que a urina provém diretamente dos órgãos genitais, um fato que poderia levá-la a um simbolismo também erótico. Porém, de imediato, as pessoas não iriam nunca associá-la à libido, mas sim à uma prática humilhante, nojenta, de subjugo ou de castigo. Ora, para muitos sim. Basta que o nojo aos fluidos do parceiro esteja ou permaneça presente para que esta prática se torne uma tortura ou humilhação. Porém, e se não há esta repulsa ? Ou se ela existe, sua intensidade não é maior do que o desejo de se interagir e envolver com todos os fluidos que venham do parceiro, seja por que motivo for ? Ora, ao praticar a chuva dourada passivamente, a praticante não estaria demonstrando toda sua interação e envolvimento com seu parceiro, ao ponto de aceitar e se agradar de todos os seus fluidos sem restrições ? Assim sendo, torna-se importante nesta prática, antes de mais nada, descobrir e/ou lapidar os sentimentos de como a praticante passiva encara a mesma. Pois se esta causa-lhe uma repulsa inaceitável, o praticante ativo, ao praticá-la (respeitando o limite da parceira), saberá estar naquele momento torturando-a ou humilhando-a mesmo que ela esteja aceitando por submissão. Em suma, a conotação da prática vai depender de como os parceiros a encaram, em especial a praticante passiva, mas tb. o ativo, porque se ele quiser impor a prática como uma humilhação e a praticante passiva se agrada dela, pois a vê como envolvimento, a humilhação existirá apenas na cabeça de um. Por fim, como nas praticas anteriores, será o nível de envolvimento, confiança e segurança entre os parceiros que irá determinar a intensidade e os limites da chuva dourada, restringindo-a ao corpo ou chegando ao ápice da ingestão pela praticante passiva de mais este fluido de seu parceiro. Qualquer cena praticada com pessoas com o devido cuidado com a higiene e segurança não há como ser contestada sob a égide de insalubre ou arriscada. Por fim, atentemos que a chuva dourada, como diversas outras fantasias, é praticada independente do BDSM. Existem muitos adeptos que não mantêm qualquer relação de dominação ou sadismo. Basta ver que existem na net diversas salas específicas de chuvas, onde a maioria dos freqüentadores nem sabem da existência ou se agradam de BDSM. E pq. Isso ? Porque a correlação das chuvas com o BDSM não estaria na pratica em si, mas no sentimento enquanto ela é praticada. Ou seja, se a praticante passiva tem nojo, será uma tortura, se ela faz porque sabe que seu parceiro se agrada, será submissão e se o praticante ativo pretende subjugá-la, será uma humilhação. Mas e se ambos se agradam e vêem-na com a idéia de envolvimento e interação ? .... Repararam que na chuva dourada eu evitei as palavras Mestre e escrava ? Sabem porque ? Porque quis resguardar o direito de fazer uma pergunta ao final (a primeira deste meu site), sem influenciar a resposta: - Partindo da premissa de que a chuva dourada seja vista sob o prisma de ENVOLVIMENTO e INTERAÇÃO entre os parceiros, e não como uma humilhação, nojeira, submissão ou tortura, pode então ela ser praticada passivamente pelo Dominador e ativamente pela escrava sem comprometer a posição de cada um no BDSM? .............. A resposta de 80% dos visitantes na antiga pagina foi: SIM. Jot@SM

A COLEIRA NO B.D.S.M.

Inicialmente, é importante frisar que o uso da coleira não está ligado estritamente à prática do “DogWoman”, que consiste em fazer diversos jogos e cenas que comparem a escrava à uma cadela (desde andar de quatro, beber em tirrinas de cães, latir, apanhar objetos com o boca, etc...). E, principalmente, o uso da coleira pela escrava em hipótese alguma é uma humilhação para a mesma. Muito pelo contrário. Uma escrava tem o orgulho de portar a coleira de seu Dono, pois ela demonstra a sua entrega e convicção, além da assunção daquele que escolheu para servir. Assim, a coleira simboliza no BDSM aquilo que a aliança de ouro representa no matrimônio. Neste contexto, existem três tipos básicos de coleira: A COLEIRA DE SESSÃO. Mais grossa e resistente, tendo argola(s) para prender-se a guia. Ela geralmente é colocada no início de uma sessão, durante o chamado “ritual da coleira” (quando a escrava reitera seus votos de entrega) e retirada ao final dela, SEMPRE PELO MESTRE. Uma escrava retirar a coleira tem o simbolismo de estar desistindo de ser escrava daquele Mestre. Daí surge o termo “devolver a coleira”, que significa a escrava terminar a relação BDSM, ou “tirar a coleira”, quando é o Mestre que desiste. Por isso, a escrava NUNCA deve tirar a coleira de sessão, podendo apenas “recolocá-la” ao ter sido tirada PELO MESTRE para que ela possa tomar banho, por exemplo. Ocorre que a coleira de sessão geralmente é uma indumentária mais “pesada” e um tanto indiscreta. Tem sua utilidade para que a escrava seja presa e puxada pela guia, ou mesmo para nela prender-se as algemas das mãos e pés. Porém, seu uso em público poderia chamar por demais a atenção e confundir a sub com uma punk ou Metaleira. Por isso, em público, a escrava usa a COLEIRA DE PASSEIO, que é uma peça mais delicada e discreta, sem argolas e sempre com a inicial ou o nome de seu Dono. Tal coleira, ainda mais que a anterior, é portada com o devido orgulho pela escrava, especialmente porque com ela a sub. expõe explicita e publicamente sua entrega e a posse de seu Dono. Não utilizo nenhum ritual em especial e obrigatório para colocação da coleira de passeio. Geralmente a escrava já se encontra comigo portando-a. Da mesma forma, como ela representa uma entrega pública e explícita, ela pode ou deve – em ocasiões específicas e especiais – ser usada não só na minha companhia, mas também na minha ausência, quando a escrava estiver no meio BDSM, exatamente para que a escrava demonstre ter Dono e quem ele é. Assim sendo, tal coleira não só é colocada pela própria escrava sem maiores rituais, como é retirada pela mesma no fim do dia ou do compromisso que levou a usá-la (imagine-se a escrava ter que usar a coleira num encontro em outra cidade onde não pude ir. Se fosse proibido dela retirá-la, ela teria que esperar reencontrar-me para fazê-lo ? Não tem sentido, não é mesmo ?) Por fim, com o advento da Internet surgiu a COLEIRA VIRTUAL, que é um símbolo ou um tipo especial de nick para ser usado especialmente nas salas de chat. Minhas escravas usam um tipo exclusivo de coleira virtual que se aproveita do meu nick ser o nome de uma letra: J_(nome) Onde o J representa o meu nick, o travessão é a guia da coleira e os parênteses são a coleira, com a escrava nela. Não seria correto de minha parte falar aqui de cada uma das escravas que portaram minha coleira, sejam as virtuais ou as reais. Seria uma indiscrição usar da intimidade delas, ainda mais que muitas hj. pertencem convictas e orgulhosas a outros Mestres. E, simplesmente elenca-las, seria um descaso inadmissível. Além disso, acabariam por não serem citadas aquelas que, mesmo sem terem portado a coleira, eu tive o orgulho de apresentar e ensinar o BDSM, sendo delas o primeiro Mestre, mas sem nunca tê-las dominado. Escravas – algumas delas – hj. pessoas respeitadas e formadoras de opinião em nosso meio BDSM. Assim, fica aqui gravado o meu carinho, o meu respeito e a minha amizade por todas aquelas que não só souberam portar com honra, respeito e dedicação a minha coleira, mas também o reconhecimento por cada uma delas ter me ajudado a aprender ainda mais e a engrandecer dentro do BDSM. Jot@SM

TORTURA & CASTIGO

É importante se distinguir a diferença entre "tortura" e "castigo". Tortura é uma pratica assente nas sessões, relações e cenas BDSM (inclusive entre os Mestres mais dominadores e menos sádicos). Consiste em se infringir dor à escrava (masoquista ou submissa) sem qualquer "motivo", por puro capricho do Mestre e para seu deleite. Tal prazer pode ser compartilhado pela escrava se ela for masoquista, ou simplesmente suportado se for somente submissa (*). A intensidade das torturas está vinculada ao "desejo do Mestre", à "situação" e ao "suporte da escrava". Assim sendo, nas mãos de um verdadeiro Mestre experiente, nem a mais Hard das escravas MASOQUISTAS estará "carente" de sentir dor, pois este seu desejo já estará pra lá de saciado por meio das torturas. E assim sendo, não terá "necessidade" de cometer erros em busca de "castigos". E se recebê-los, os mesmos não serão um complemento prazeroso ao seu masoquismo ou um momento de deleite como dizem aqueles que imaginam que uma masoquista venha a cometer erros, buscando castigos. Dirão os dominadores disciplinadores que tais torturas são "gratuitas" e típicas de sádicos e não de dominadores. Mas vemos aí uma utilidade. Muitos Mestres fazem sessões sob a égide de disciplinamento, restringindo a dor aos momentos de repreensão a erros muitas vezes conseqüência de proposital rigidez do Mestre nas exigências para com sua escrava, visando ele poder se deleitar na aplicação de um castigo. Porém, a meu ver, acostumar a escrava submissa a só sentir dor como represália a um erro é, sendo ela também masoquista, um estímulo à sua indisciplina e, sendo ela só submissa, uma perda de excelente oportunidade para ela demonstrar sua dedicação, mediante a resistência à dor que não lhe é prazerosa. Já os "castigos" são atitudes que não devem ensejar prazer a nenhuma das partes. Castigo é uma represália a um erro. E uma VERDADEIRA escrava, seja ela masoquista ou submissa, não se sente bem em saber que cometeu um erro e desagradou seu Dono. Tal "vergonha" já deveria ser para ela suficiente revide e geralmente é. Um castigo é uma atitude que deve ser levada com profundo e explícito descontentamento do Mestre e por isso não deve fazer parte constante do disciplinamento e nem se deve "castigar por qualquer coisa" visando justificativas para infringir dor. Um Mestre não precisa justificar seu sadismo pois pode exerce-lo a bel-prazer (e que Prazer) por meio das torturas. Assim sendo, um "castigo" pode até ser menos intenso em dor e sofrimento que uma tortura, mas leva consigo um fator psicológico que "dói" na escrava muito mais que qualquer surra de tirar sangue. É o fator da vergonha diante do desagrado de seu Dono e de sua falha em ser-lhe o mais perfeita possível. Qualquer escrava experiente sabe a diferença de sentimentos e pensamentos que corre em seu corpo e mente no momento de uma tortura e no momento de um castigo. Pode até mesmo a atitude ser idêntica (10 açoites com o chicote X) e a dor física na tortura ser maior que no castigo, mas - sem dúvida - o efeito psicológico no segundo é diferente, bem mais forte e muito mais doloroso que na primeira, e vale mais que a dor física. Destarte, acredito que, numa intensa e desenvolvida relação BDSM, uma simples advertência verbal, demonstrando com rigor todo o descontentamento e reprovação do Dono, pode ser para a escrava um "castigo" de intensidade muito pior que qualquer "tortura" que a deixe com a pele em carne viva. Pois fere diretamente seu "orgulho" de escrava. E uma verdadeira escrava é acima de tudo "orgulhosa" em tentar ser a mais perfeita, completa, obediente e impecável das submissas. É a minha opinião, Jot@SM

DICIONÁRIO DO SADOMASOQUISMO - BDSM

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